segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Quando você espalhou seu suor em mim;


Fim de tarde, 30 de outubro de 2015, céu alaranjado, algumas nuvens passageiras, gaivotas, coqueiro, surfistas, sorveteiro; Todo um cenário de um dia qualquer em Fortaleza, onde os olhares esbarram em biquinis, que esbarram na brisa, que esbarram nas ondas e ecoam em mim.
Óculos escuros, caderno de anotações em páginas em branco sujas de areia, minha canga verde água e a água desse mar Gigante, Sem fim, do tamanho dessa vontade de viver que me domou quando ela veio até mim:
- Moça, esse chapéu de palha é seu?!
E nem passou pela minha cabeça que eu estive por um fio de perder meu acessório preferido. Salve vento Glorioso, Bem me quer esse querido, levou o chapéu e trouxe o alívio. Alívio em formato humano. Mata minha sede, Sacia meu sonho.
"Vá cedo para seu apartamento" Já dizia minha mãe. Só esqueceu de dizer para eu não levar desconhecidos. Me afoguei eternamente naqueles olhos profundos e língua desajuizada. Já me tens por inteira em apenas uma noite. E QUE NOITE.